COVID-19: Limpar as compras é realmente necessário?

A pandemia trouxe maior atenção a procedimentos de higiene e limpeza e novos hábitos passaram a fazer parte do nosso dia a dia. Um dos mais frequentes é a limpeza de compras e outros objetos que são trazidos da rua para dentro de escritórios, escolas e casas.

Limpar as compras agora e sempre


Sabe-se que o novo coronavírus se transmite principalmente de pessoa a pessoa por gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra; e por contato com superfícies ou objetos contaminados, onde o vírus pode ficar por horas ou dias, dependendo do tipo de material. (Nota Técnica nº 47, ANVISA).

“É recomendável fazer a limpeza de compras neste momento. Aliás, vou além, eu acho recomendável sempre – independe de coronavírus, independente do momento que a gente vive”, afirma Ely Fonseca, sócio-diretor da Oleak, fabricante de químicos profissionais de limpeza e higiene em entrevista exclusiva para a RL Higiene. “É chato de fazer, a gente sabe, mas você não vai perder muito tempo desde que você utilize os produtos e as técnicas corretas”, emenda o especialista.


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Produtos com ação de limpeza e desinfecção


Os produtos desinfetantes são muitos, mas há especificidades para cada um deles, que devem ser observadas na hora de escolher o que usar na higienização das compras. Uma recomendação que o especialista faz é dar preferência a produtos que tenham ação de limpar e desinfetar ao mesmo tempo.

“Panos umedecidos com desinfetante são indicados, pois têm princípios ativos que são mais adequados para fazer a associação da limpeza com a desinfecção”, recomenda Ely. “Produtos à base de quaternário de amônio e de biguanida polimérica (PHMB) são seguros, atóxicos e não corrosivos e também são adequados para essa tarefa”.

Por outro lado, produtos como cloro e peróxido, no caso da limpeza das compras, podem tornar o trabalho mais árduo por terem ação apenas desinfetante, sendo necessário limpar antes as embalagens. “No caso do cloro e do peróxido, são princípios ativos que oxidam facilmente em contato com matéria orgânica. Portanto, se a superfície está suja, existe uma chance muito grande do ativo ser consumido ou degradado por aquela matéria orgânica e não sobrar o suficiente para fazer a desinfecção”, orienta Ely.


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O especialista chama atenção ainda para a qualidade do produto escolhido, tendo cuidado em observar a procedência e idoneidade do fabricante.

“Opte por um produto devidamente regulamentado, de uma empresa confiável e aprovado pela ANVISA. Se a empresa é idônea e tem certificado de boas práticas de fabricação, o que é também muito importante, você pode ter certeza que o produto vai funcionar. Chato é você achar que está se protegendo e, no final, continuar exposto”, completa.

Fonte: RL Higiene.